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Notícia: A tendência atual das fusões empresariais

  • cantoeidelveinadvo
  • 25 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

As fusões constituem uma tendência atual no mercado, tanto nacional quanto internacional. Este tipo de operação visa criar uma nova empresa resultante da união de duas ou mais sociedades, com o intuito de combinar esforços e tecnologia, além de alavancar o capital para atingir mercado maior a custos menores, inovando nos produtos ou serviços a serem apresentados.


  O somatório destas expertises serve para potencializar os ganhos e reduzir os custos, tornando a empresa resultante da fusão mais eficaz operacionalmente. Isso ocorre para aproveitar os melhores recursos imateriais na melhoria dos métodos de produção, além de atingir mercado maior com o acréscimo da clientela pertencente às empresas que participaram deste processo de unificação de interesses e recursos, materiais e humanos.


Um exemplo disso é a venda das operações italianas da empresa de telecomunicações Vodafone para empresa Suíça Swisscom por oito bilhões de euros em espécie. Essa transação ocorreu com o objetivo da Vodafone concentrar as suas operações no Reino Unido, segundo a CEO Margherita Della Valle, enquanto a Swisscom ampliaria suas operações na Itália[1].


Outro movimento financeiro importante da empresa de telecomunicações Vodafone foi de devolver quatro bilhões de euros aos acionistas por meio de recompras de ações, além de reduzir os dividendos pagos para 4,5 centavos por ação a partir do próximo ano, abaixo dos 9 centavos em 2024[2].


A ideia central é reorganizar as operações na Europa, reduzindo custos e ampliando mercado na sua área de atuação no Reino Unido. Isso será alcançado valendo-se de recente fusão de sua operação na Grã-Bretanha, ainda em análise no órgão regulador britânico.


A empresa Vodafone repete operação feita anteriormente em outubro passado, quando vendeu suas operações na Espanha para a Zegona Communications por cinco bilhões de euros. Isso capitalizou seu empreendimento para atuar em um nicho específico, representando menos custos e maior rentabilidade. Além disso, essa transação está sujeita ao órgão regulador espanhol[3].


Já a empresa Suíça Swisscom pagará à Vedafone pelos serviços que continuará prestando a esta cerca de trezentos e cinquenta milhões de euros no primeiro ano, o que deve ser reduzido paulatinamente até o final do período pactuado de cinco anos.  


O interesse da Swisscom é proceder uma nova fusão das empresas que detém controle acionário na Espanha, mediante a unificação da Vodafone Italy com a Fastweb, sua subsidiária na Itália. Isso envolverá a unificação da infraestrutura de telefones móveis e fixos, ambos de alta qualidade, conforme a visão da empresa. A Swisscom enxerga nessa oportunidade a possibilidade de obter a liderança neste mercado, aumentando o seu crescimento e possível rentabilidade [4].


A mesma concepção é compartilhada pela Vedafone no sentido de concentrar seus esforços nos mercados que tem maior atuação e ganho, onde suas divisões já estão estabelecidas. Se aprovado pelos órgãos reguladores, a Vodafone pretende assumir o protagonismo nessas regiões, tornando-se a maior empresa de telefonia móvel nelas. No entanto, essas ações estão sob atenta investigação dos agentes reguladores quanto à observância da livre concorrência nos mercados afetados.


A fusão de empresas com competências e interesses comuns é uma estratégia viável para alavancar o surgimento de um novo conglomerado, possibilitando investimentos substanciais em sua área de atuação. Isso qualifica o patrimônio humano da empresa e amplia a sua expertise tecnológica, fatores importantes para competitividade no mercado. Com a formação de uma empresa de maior porte, há um melhor posicionamento econômico e um lastro financeiro maior, o que capacita a empresa a enfrentar crises setoriais e manter a expectativa de lucro desejada, mesmo em condições adversas momentâneas.  


O escritório Canto & Eidelvein Advogados está à disposição para esclarecer dúvidas relacionadas à esta notícia e a qualquer assunto relacionado à área.

 

Jorge do Canto

Advogado e sócio do escritório Canto & Eidelvein Advogados, especialista em Direito Empresarial. 


 

 


 





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